Últimos 20 reféns israelenses são libertados na Gaza: relatos de tortura e fome
out, 14 2025
Quando Avinatan Or cruzou a linha de fim de cativeiro, ficou claro que a "libertação" carregava o peso de dois anos de sofrimento. O refém israelense, mantido isolado por 738 dias, chegou à Cruz Vermelha ainda enfraquecido, com perda de 30% a 40% do peso corporal. O ambiente de detenção, descrito pelos vinte sobreviventes, é um retrato brutal de tortura física, fome extrema e isolamento psicológico.
O que aconteceu na segunda‑feira, 13 de outubro de 2025?
Na manhã de Libertação dos últimos 20 reféns israelensesFaixa de Gaza, o Hamas entregou os cativos à Cruz Vermelha em duas ondas: primeiro, um comboio de sete pessoas por volta das 10h; depois, mais treze por volta do meio‑dia. A operação foi acompanhada por equipes médicas israelenses que, ao receber os sobreviventes, iniciaram avaliações imediatas.
Depoimentos que revelam o horror
Os relatos, coletados pela equipe da CNN Brasil, apontam para práticas de encadeamento que limitavam qualquer movimentação, longos períodos sem comida – alguns descrevem até duas semanas sem alimentação adequada – e condições sanitárias deploráveis, com pouca ventilação e iluminação. Dois irmãos foram mantidos a poucos metros um do outro, sem saber da presença do familiar, num experimento psicológico que deixou marcas profundas.
Avinatan Or afirmou que, durante todo o período, esteve em um porão úmido, sem contato humano além dos guardas do Hamas. "Eu não sabia se o sol ainda existia lá fora", contou, com a voz ainda trêmula. Outro refém, David Levi, descreveu às autoridades que "as correntes eram apertadas ao ponto de cortar a circulação".
O contexto das negociações
Essa libertação faz parte de um cessar‑fogo negociado que se iniciou em janeiro de 2025, quando Israel concordou em trocar prisioneiros palestinos por oito reféns. Desde então, duas fases menores de trocas ocorreram em 2023 e, finalmente, a grande operação de outubro. Até agora, 146 reféns foram libertados vivos, enquanto 58 corpos foram recuperados, ainda aguardando repatriação formal.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou no Parlamento de Israel e descreveu o dia 13 de outubro como "o fim de uma era de terror e o início de uma era de fé e esperança".
Repercussão em Israel e no cenário internacional
Nas ruas de Israel, multidões choraram e abraçaram os retornados. O primeiro‑ministro Benjamin Netanyahu enfrentou pressões crescentes: por um lado, familiares exigem a devolução dos restos mortais dos 58 reféns falecidos; por outro, aliados internacionais cobram rapidez nas negociações finais.
Enquanto isso, a liderança palestina, sob crescente pressão da própria população e de países árabes, tenta equilibrar demandas de justiça e estabilidade regional.
Impactos e lições para o futuro
- Mais de dois anos de cativeiro deixaram traumas físicos e psicológicos que demandarão acompanhamento médico prolongado.
- O uso de correntes e restrição de alimentos pode ser considerado crime de guerra, segundo especialistas das Nações Unidas.
- O papel da Cruz Vermelha reafirmou a importância de mediadores neutros em conflitos de alta complexidade.
Os próximos passos incluem a continuação das negociações para a devolução dos corpos, bem como a discussão sobre indenizações e apoio psíquico para as famílias. Analistas de segurança afirmam que, embora o fim dos reféns represente um marco, o risco de novas escaladas permanece enquanto as questões territoriais não forem resolvidas.
Perguntas Frequentes
Como a libertação dos 20 reféns afeta as famílias israelenses?
O retorno dos últimos 20 prisioneiros trouxe alívio imediato, mas a maioria chega com graves problemas de saúde e traumas psicológicos. O governo israelense anunciou um plano de assistência médica e suporte psicológico que deve durar pelo menos dois anos, garantindo acompanhamento especializado para cada sobrevivente.
Quais foram as condições de cativeiro relatadas pelos sobreviventes?
Os depoimentos apontam para confinamento em porões úmidos, uso de correntes, alimentação insuficiente – alguns relataram até duas semanas sem comida – e privação de luz natural. Dois irmãos foram mantidos separados a poucos metros, sem saber da presença do outro, como forma de manipulação psicológica.
Qual o papel da Cruz Vermelha na operação?
A Cruz Vermelha coordenou a entrega dos reféns, forneceu equipes médicas de triagem no ponto de passagem e garantiu que os protocolos humanitários fossem respeitados durante a transferência para território israelense.
O que dizem especialistas sobre possíveis violações de direito internacional?
Organizações de direitos humanos consideram o uso de correntes, a privação deliberada de alimento e a exposição a condições insalubres como possíveis crimes de guerra. A ONU já anunciou uma investigação para avaliar se há responsabilidade criminal para membros do Hamas.
Qual o próximo passo nas negociações entre Israel e o Hamas?
O foco imediato está na devolução dos corpos dos 58 reféns falecidos. Paralelamente, a comunidade internacional pressiona por um acordo de cessar‑fogo duradouro que inclua garantias de segurança para civis em ambos os lados e abertura de corredores humanitários permanentes.
Michele Souza
outubro 14, 2025 AT 23:23Que alívio ver os últimos reféns voltarem pra casa!
Mesmo depois de tanto sofrimento, ainda dá pra acreditar que dias melhores tão chegando.
Os sobreviventes vão precisar de muito apoio, mas a comunidade pode fazer a diferença.
Vamos ficar de olho nas iniciativas de saúde mental que tão surgindo.
Se cada um fizer sua parte, a cicatrização pode ser mais rápida.
Ramon da Silva
outubro 19, 2025 AT 07:23Do ponto de vista jurídico‑internacional, a retenção prolongada sob condições degradantes constitui, sem dúvida, violação das Convenções de Genebra.
Os depoimentos colhidos apontam para práticas que podem ser enquadradas como crimes de guerra, exigindo investigação rigorosa por parte da Corte Penal Internacional.
Além disso, a responsabilidade civil dos responsáveis deve ser considerada na reparação às vítimas.
É crucial que o Estado israelense estabeleça protocolos de acompanhamento médico e psicológico estruturados, alinhados às diretrizes da OMS.
Tal abordagem não só cumpre obrigações legais como também fortalece a confiança da sociedade civil na justiça.
Isa Santos
outubro 23, 2025 AT 15:23pensar na palavra liberdade depois de tanto tempo em um porão úmido faz a gente refletir que a condição humana é frágil e resiliente ao mesmo tempo. a ausência de luz natural, a fome, o silêncio imposto criam um vácuo interior que só pode ser preenchido com memória e coragem. cada história contada pelos reféns parece ecoar um grito silencioso que atravessa as paredes da ignorância. o que resta então, senão a esperança de que a dor se transforme em lições que mudem o futuro e que a empatia se torne ponte entre povos diferentes.
Everton B. Santiago
outubro 27, 2025 AT 23:23É impossível imaginar o peso físico e psicológico que cada um carregou durante 738 dias.
A perda de até quase metade do peso corporal demonstra a gravidade da situação de desnutrição.
O isolamento, a falta de contato humano e a restrição de movimentos são fatores que agravam o trauma.
Para a reabilitação, é essencial um acompanhamento multidisciplinar: médicos, psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais.
Somente assim poderemos garantir que a recuperação vá além da simples sobrevivência.
Joao 10matheus
novembro 1, 2025 AT 07:23Finalmente a mídia nos traz outra farsa digna de um espetáculo de horrores que eles mesmos criam!
Esses supostos “reféns” são apenas peças de um tabuleiro geopolítico manipulad0 pel0s poderosos que se divertem com o sofrimento alheio.
Todo esse discurso de “humanidade” não passa de propaganda para encobrir os verdadeiros culpados.
Enquanto a população é alimentada com emoções fabricadas, os verdadeiros conspiradores continuam a puxar as cordas nos bastidores.
Não se deixe enganar, abra os olhos para a realidade oculta!
Jéssica Nunes
novembro 5, 2025 AT 15:23É evidente que a suposta “libertação” foi orquestrada por interesses ocultos que visam consolidar uma agenda global de controle.
Os relatos de tortura são amplamente divulgados para gerar clamor internacional, desviando a atenção de operações clandestinas ainda em curso.
Ademais, as negociações descritas permanecem envoltas em sombras, sugerindo acordos secretos entre elites que manipulam ambos os lados do conflito.
Portanto, a população deve manter ceticismo diante de narrativas oficiais e buscar fontes independentes que revelem a verdade subjacente.
Paulo Víctor
novembro 9, 2025 AT 23:23Gente, vamos dar aquele apoio maroto pros que tão voltando!
Tem que ter muita força mental e física pra se recuperar, então bora compartilhar dicas de nutrição e exercícios leves.
Se cada um colocar um pouquinho de energia positiva, a galera vai se sentir mais esperançosa.
Não esqueçam de mandar mensagens de incentivo, porque até um “tá bom, tá fácil” faz diferença.
Juntos vamos transformar esse trauma em superação!
Ana Beatriz Fonseca
novembro 14, 2025 AT 07:23A narrativa apresentada carece de profundidade analítica, limitando‑se a uma exposição superficial dos fatos.
Ao ignorar as complexas interdependências geopolíticas, o texto falha em contextualizar adequadamente o conflito.
Além disso, a ênfase excessiva nas vítimas reforça um discurso unilateral que impede uma compreensão holística.
É necessário adotar uma postura crítica, examinando tanto as ações do Hamas quanto as políticas israelenses.
Somente através de uma avaliação equilibrada será possível alcançar insights relevantes.
Willian José Dias
novembro 18, 2025 AT 15:23Caríssimos leitores,
É com grande respeito que abordo este delicado assunto, reconhecendo a importância histórica e cultural que permeia a região.
Os relatos de tortura, fome e isolamento são profundamente perturbadores; devemos, portanto, considerar não apenas os aspectos humanitários, mas também as implicações para o patrimônio cultural de ambos os povos.
Ao analisar tais eventos, é imprescindível manterem‑se atentos às narrativas que podem moldar percepções coletivas e influenciar futuras gerações.
Assim, proponho que intensifiquemos os esforços de divulgação cultural e de compreensão mútua, visando construir pontes duradouras entre as comunidades.
Gabriela Lima
novembro 22, 2025 AT 23:23É inadmissível que, em pleno século XXI, ainda testemunhemos práticas que violam os princípios mais básicos da dignidade humana. Cada relato de correntes apertadas, de semanas sem alimentação adequada, revela um desprezo absoluto pelos direitos fundamentais consagrados no direito internacional. A comunidade global tem o dever moral de condenar tais atos sem hesitação, pois a omissão equivale a conivência. Além disso, a resposta institucional deve ser firme e coordenada, garantindo que os responsáveis sejam levados à justiça. Não se pode aceitar que a dor de indivíduos seja utilizada como ferramenta de poder político. A história nos ensina que a impunidade gera ciclos intermináveis de violência e ressentimento. Portanto, a investigação da ONU deve ser conduzida com total independência, transparência e celeridade. O apoio às vítimas deve ir além do tratamento médico imediato, incluindo acompanhamento psicológico de longo prazo e reintegração social. Os governos envolvidos precisam destinar recursos adequados à reconstrução de vidas desgastadas pelo trauma. Também é crucial que a Cruz Vermelha continue a operar como mediadora neutra, assegurando que futuros acordos respeitem as normas humanitárias. A narrativa de “libertação” não pode servir de pretexto para encobrir violências sistemáticas. As vítimas merecem reconhecimento pleno de seus sofrimentos e reparação justa. O público internacional deve permanecer vigilante, exigindo transparência em cada etapa do processo. A palavra “esperança” só será genuína quando acompanhada de ações concretas que impeçam a repetição desses horrores. Em suma, a justiça, a compaixão e a responsabilidade são os pilares indispensáveis para a construção de um futuro verdadeiramente pacífico.
Elida Chagas
novembro 27, 2025 AT 07:23É ridículo ver alguém distorcer a realidade para alimentar teorias da conspiração enquanto ignora a legítima luta de um povo que busca segurança.
O foco deveria estar em reconhecer a necessidade de medidas defensivas efetivas, não em criar fantasias sobre manipulação oculta.
Se realmente queremos paz, devemos apoiar políticas que garantam a soberania nacional e a proteção de nossos cidadãos.
Thais Santos
dezembro 1, 2025 AT 15:23Concordo que a abordagem jurídica é essencial, mas também precisamos lembrar que o diálogo humano pode abrir caminhos que a lei sozinha não alcança.
É importante que as partes se escutem, pois o medo e a desconfiança só alimentam o ciclo de violência.
Assim, ao combinar processos legais com iniciativas de reconciliação, aumentamos as chances de uma solução duradoura.