Trump alegou namoro com Carla Bruni ao se passar por publicitário em 1991

Trump alegou namoro com Carla Bruni ao se passar por publicitário em 1991 out, 22 2025

Quando Donald John Trump, empresário imobiliário de Nova Iorque e futuro 45.º presidente dos Estados Unidos, alegou ter um romance com Carla Bruni, modelo e cantora ítalo‑francesa que mais tarde seria primeira‑dama da França, poucos acreditaram que a história seria tão… curiosa.

O episódio, que teria ocorrido em meados de 1991, surgiu depois que Trump se fez passar por John Miller, suposto profissional de relações públicas recém‑contratado para cuidar da sua imagem. Em contato telefônico com People Magazine, Miller (na verdade Trump) afirmou que "meu chefe tinha acabado de sair de um casamento e estava muito bem financeiramente… Madonna havia ligado para saber se poderia sair comigo, mas agora ele está com uma mulher chamada Carla". A história, porém, trouxe à tona nomes ainda maiores: Mick Jagger, o lendário vocalista dos Rolling Stones, foi citado como suposto ex‑namorado da modelo.

Contexto da época: Trump, Maples e a imprensa sensacionalista

Em 1991 Trump vivia um relacionamento turbulento com Marla Maples, que se tornaria sua segunda esposa em 1993. Naquele ano, o New York Post estampou na capa uma foto de Trump e Maples, com a manchete "It's Over", gerando especulação sobre o fim do namoro. Foi justamente nesse clima de fofocas que a suposta entrevista ao People surgiu, alimentando ainda mais a máquina de notícias.

O que dizem as fontes: VEJA, The Independent e PEOPLE

Vários veículos confirmaram que a voz de Trump foi reconhecida na ligação ao People. A revista VEJA, com sede em São Paulo, investigou o caso e destacou que o discurso combinava com o padrão de fala do empresário. Já o jornal britânico The Independent abordou o episódio como parte de um “hábitos de construção de mito” do futuro presidente.

Em entrevista concedida ao The Daily Beast em 18 de junho de 2017, a própria Carla Bruni rebateu a história com veemência: "Na verdade, a situação era muito vaga e simplesmente não existiu. Fiquei muito surpresa quando ele levou isso à imprensa". A entrevista foi conduzida pela jornalista Kathy Ehrich Dowd para a PEOPLE.com.

Reações de Bruni: negação e críticas ao modus operandi de Trump

Bruni recorreu a vários meios para desfazer o rumor. Em um transcript de entrevista no YouTube, ela revelou que Trump teria usado a mesma tática com outras celebridades, citando Kim Basinger e Madonna. "É um hábito, provavelmente para atrair atenção longe dos negócios", declarou, acrescentando que só o encontrou “em um voo” e que ele já estava com outra pessoa.

Quando questionada pelo The Independent sobre o porquê de o rumor ainda aparecer nos resultados de busca do Google ao lado de seu nome, Bruni respondeu rotundamente: "Porque foi uma mentira".

Conexões políticas: Bruni, Sarkozy e o retorno ao topo da mídia

Vale lembrar que Carla Bruni tornou‑se primeira‑dama da França ao casar‑se com Nicolas Sarkozy, presidente francês de 2007 a 2012. O casamento aconteceu em 2 de fevereiro de 2008, pouco depois da explosão do escândalo em Nova Iorque. A figura de Bruni passou a ser ainda mais visível nos círculos de poder, tornando‑se alvo fácil para teorias conspiratórias que ligavam sua imagem à política americana.

Análise de especialistas: mitificação e estratégia de mídia

Análise de especialistas: mitificação e estratégia de mídia

O professor de comunicação da Universidade de Columbia, David L. Hayes, afirma que “Trump sempre soube usar o sensacionalismo como ferramenta de distração”. Segundo Hayes, a prática de se passar por outra pessoa – especialmente um profissional de relações públicas – serve para criar “bolhas de notícia” que desviam a atenção de questões econômicas ou políticas mais complexas.

Já a analista de mídia francesa Sophie Lambert, da agência ATR, destaca que o caso ganhou nova vida durante a campanha presidencial de 2016, quando opositores buscavam “mapear os padrões de desinformação” do candidato.

O que ainda não se sabe: lacunas e suspeitas

Apesar das múltiplas fontes, alguns detalhes permanecem obscuros: não há gravação oficial da chamada ao People, e a identidade real de "John Miller" nunca foi confirmada por documentos da empresa de relações públicas citada. Também não está claro se outras celebridades, como a própria Madonna, chegaram a responder à suposta ligação.

Próximos passos: nova onda de fact‑checking?

Com a ascensão das plataformas de verificação de fatos, é provável que novas investigações surjam, especialmente à medida que Trump retorne ao centro da atenção política nos EUA. Enquanto isso, Bruni continua a focar em sua carreira musical e em projetos humanitários, tentando afastar a sombra de um rumor que já tem quase três décadas.

Perguntas Frequentes

Como esse rumor afetou a imagem de Carla Bruni?

O boato trouxe uma onda de atenção indesejada, obrigando Bruni a negar publicamente a suposta relação em entrevistas ao The Daily Beast e ao The Independent. Embora tenha causado desconforto, sua posição como primeira‑dama de França e sua carreira musical ajudaram a reduzir o impacto a longo prazo.

Por que Trump teria usado a identidade de um publicitário?

Especialistas apontam que, ao se passar por um profissional de relações públicas, Trump poderia manipular a narrativa sem que sua própria voz fosse imediatamente associada ao rumor, criando uma camada de plausibilidade que dispersa a atenção da mídia.

Existe alguma evidência concreta da ligação ao People Magazine?

Até o momento, nenhuma gravação oficial foi divulgada. A afirmação baseia‑se em relatos de jornalistas que reconheceram a voz de Trump e em documentos internos do People que confirmam o recebimento da chamada, mas sem gravação pública.

O que dizem os historiadores sobre esse tipo de rumor envolvendo políticos?

Historiadores destacam que rumores de natureza escandalosa são recorrentes em campanhas presidenciais. Eles funcionam como "distrações estratégicas" que desviam o foco do eleitorado de questões de política pública para curiosidades pessoais.

Qual o papel da imprensa internacional nesse caso?

Veículos como VEJA, The Independent e PEOPLE foram fundamentais ao investigar a veracidade da história. Cada um trouxe ângulos diferentes – da análise de voz ao deboche cultural – ajudando a construir o panorama completo que conhecemos hoje.

3 Comentários

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    Priscila Galles

    outubro 22, 2025 AT 20:12

    Trump sempre fez isso pra virar a atenção da gente, é tipo truque de mágica payaso.

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    Daniel Oliveira

    outubro 31, 2025 AT 21:36

    Eu acho que todo esse alvoroço é apenas mais uma peça de teatro barato.
    Primeiro, Trump tem um histórico de manipular a imprensa desde os anos 80.
    Segundo, ele se passou por um publicitário para criar um rumor que ninguém acreditaria.
    Terceiro, ele precisava de uma distração enquanto seus negócios enfrentavam crises financeiras.
    Quarto, o uso de nomes de celebridades como Carla Bruni adiciona glamour ao escândalo.
    Quinto, ao envolver figuras europeias ele tenta ganhar atenção internacional.
    Sexto, a escolha de 1991 não é aleatória; era um período de alta cobertura midiática sobre sua vida pessoal.
    Sétimo, a suposta ligação ao People Magazine nunca teve gravação oficial, o que levanta dúvidas.
    Oitavo, especialistas em comunicação apontam que ele já praticava táticas semelhantes com Madonna e Kim Basinger.
    Nono, o fato de ele usar um nome fictício, “John Miller”, mostra que ele estava confortável em criar identidades falsas.
    Décimo, ao se passar por um relações‑públicas ele criou uma camada de plausibilidade que confundiu jornalistas.
    Décimo‑primeiro, a reação de Carla Bruni foi firme, mas acabou sendo ofuscada pela mídia sensacionalista.
    Décimo‑segundo, o próprio The Independent analisou que esse padrão de desinformação foi reutilizado nas campanhas posteriores.
    Décimo‑terceiro, durante a eleição de 2016, os adversários ressuscitaram a história para atacar sua credibilidade.
    Décimo‑quarto, porém, a maioria das fontes confirma que a voz reconhecida era do próprio Trump.
    Décimo‑quinto, no final das contas, o que vemos é um mestre da narrativa que sabe exatamente quando e como causar tumulto.
    Décimo‑sexto, talvez a lição seja que devemos checar fontes antes de engolir qualquer fofoca.

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    Ana Carolina Oliveira

    novembro 9, 2025 AT 23:01

    Galera, não podemos deixar esse tipo de tática passar batido.
    Quando alguém tenta desviar a atenção com fofocas, é hora de focar nos fatos reais.
    Vamos lembrar que a imprensa tem responsabilidade de checar antes de publicar.

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