Paul Di'Anno nasceu em 1958, em Londres, e cresceu rodeado de música nas ruas da capital. Quando era adolescente, curtiu o punk, o glam rock e, claro, o incipiente som pesado que surgia nos pubs. Essa mistura de estilos acabou moldando a voz rasgada e cheia de energia que mais tarde faria história.
Em 1978, Paul encontrou alguns caras que estudavam na East London College e decidiu tocar com eles. Eles ainda não tinham nome, mas o som era rápido, agressivo e cheio de guitarras duplas. Em 1979, o grupo se chamava Iron Maiden e já gravava demos. Foi Paul quem deu a cara vocal ao primeiro álbum, "Iron Maiden", lançado em 1980.
Com Paul nos vocais, a banda lançou "Killers" em 1981, um disco que mostrou a força do New Wave of British Heavy Metal. As músicas "Wrathchild" e "The Ides of March" ainda tocam em rádios de metal ao redor do mundo. Apesar do sucesso, a convivência não era fácil: Paul tinha um estilo de vida muito livre, festas intensas e algumas diferenças criativas com o guitarrista Dave Murray.
Em 1982, a banda decidiu trocar o vocalista e trouxe Bruce Dickinson. A mudança trouxe um novo som, mas a fase com Paul ficou como um marco: foi ele quem ajudou a colocar o Iron Maiden no mapa.
Depois de sair da Iron Maiden, Paul tentou várias coisas. Formou a banda "Di'Anno" e gravou o álbum "Di'Anno" em 1984, que continha faixas como "Fever" e "Heartuser". Depois, passou por projetos como "Battlezone" e "Killers“, voltando ao som pesado de origem.
Ao longo dos anos, Paul enfrentou problemas com álcool e saúde, mas nunca abandonou a música. Nos últimos tempos, ele tem se apresentado em festivais de nostalgia, tocando clássicos da era early 80 e conversando com fãs que lembram da energia dos primeiros shows.
Por que Paul ainda importa? Primeiro, a voz dele ainda é lembrada como a cara crua do começo do metal britânico. Segundo, ele ajudou a definir a atitude rebelde que ainda se vê em bandas novas. E, por fim, suas histórias de bastidores dão um tom humano ao mito do heavy metal.
Se você curte metal e quer entender de onde veio aquele som agressivo, vale a pena ouvir os discos "Iron Maiden" e "Killers". Depois, dá uma olhada nos trabalhos solo de Paul – eles mostram um lado mais pessoal e experimental do artista.
Em resumo, Paul Di'Anno é mais que um nome na história da Iron Maiden. Ele foi a ponte entre o punk da rua e o metal dos grandes estádios. Seu jeito de cantar, sua energia nos palcos e sua trajetória cheia de altos e baixos fazem dele uma figura que ainda inspira músicos e fãs ao redor do mundo.