Igualdade de Gênero: Entenda o impacto na saúde e no cotidiano

Quando falamos de igualdade de gênero, a gente pensa logo em oportunidades iguais no trabalho ou na política. Mas o assunto vai muito além. Na saúde, por exemplo, a diferença entre homens e mulheres pode mudar o diagnóstico, o tratamento e até a prevenção de doenças. Por isso, garantir que ambos os sexos tenham acesso ao mesmo nível de cuidado é fundamental para melhorar a vida de todo mundo.

No Brasil, ainda vemos desigualdades marcantes: mulheres enfrentam mais violência, têm menor acesso a cargos de liderança e sofrem com a falta de informação sobre saúde reprodutiva. Essa realidade pesa na taxa de mortalidade materna, nos casos de depressão e em várias outras áreas. Enquanto isso, homens costumam abandonar visitas ao médico porque acham que “não precisam”. Essa cultura de “machismo silencioso” atrasa o diagnóstico de problemas graves como hipertensão e diabetes.

Como a igualdade de gênero melhora a saúde

Quando homens e mulheres são tratados de forma equivalente, o sistema de saúde ganha em eficiência. Por exemplo, campanhas que falam diretamente com as mulheres sobre prevenção de câncer de colo do útero e de mama aumentam a adesão a exames como mamografia e Papanicolau. O resultado? Menos casos avançados e menos custos para o SUS.

Do lado masculino, incentivar a procura de atendimento regular reduz a taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares – a principal causa de morte entre os homens. Programas de educação que abordam a saúde mental sem estigmas também ajudam a diminuir o número de suicídios, que ainda são muito altos no país.

Além disso, a presença de profissionais de saúde de ambos os gêneros nas equipes médicas cria um ambiente mais acolhedor. Estudos mostram que pacientes se sentem mais confiantes para falar sobre sintomas íntimos quando sabem que podem escolher entre médico homem ou mulher.

Ações práticas para promover a equidade

Se você quer fazer a diferença, comece por pequenas atitudes no dia a dia. Compartilhe informações corretas nas redes sociais, evitando discursos que reforcem estereótipos. Quando for ao médico, pergunte sobre opções de tratamento que considerem diferenças de sexo, e incentive amigos a fazer o mesmo.

Instituições de ensino e empresas também podem agir: incluir temas de igualdade de gênero nos currículos de cursos de saúde, garantir vagas iguais para homens e mulheres em programas de residência e promover políticas de licença parental que beneficiem ambos os pais.

No âmbito público, pressionar por leis que ampliem o acesso a contraceptivos, melhorem a segurança contra violência doméstica e garantam salários justos ajuda a criar um cenário mais equilibrado. Cada direito conquistado reflete diretamente na saúde da população.

Por fim, lembre‑se de que a igualdade de gênero não é só uma causa social; ela tem impacto direto nos números de saúde que vemos nos hospitais e clínicas. Quando todos têm as mesmas oportunidades de prevenir, tratar e curar, o país se torna mais saudável e mais justo.

Fique ligado nas atualizações da Academia de Medicina e Notícias do Brasil. Aqui você encontra análises detalhadas e dicas práticas para transformar a teoria da igualdade de gênero em ação concreta no seu cotidiano.