Todo ano o Brasil enfrenta períodos de chuva forte que acabam em alagamentos inesperados. Quando a água invade ruas, casas e escolas, a gente sente o impacto na rotina e na saúde. Saber o que fazer antes, durante e depois de uma enchente pode salvar vidas e evitar complicações médicas. Vamos conversar sobre as causas mais comuns, os riscos de saúde e as atitudes que realmente funcionam.
O principal vilão das enchentes é a combinação de chuvas intensas com áreas urbanas que não drenam bem. Quando o solo já está saturado, a água não tem onde infiltrar e começa a correr pelas ruas. Além disso, o desmate nas encostas, a ocupação irregular de áreas de risco e a falta de manutenção das galerias de coleta pioram a situação.
Do ponto de vista da saúde, a água parada vira foco de bactérias, protozoários e mosquitos. Doenças como leptospirose, dengue, hepatite A e infecções de pele aumentam consideravelmente. A umidade também agrava problemas respiratórios, principalmente em quem já tem asma ou bronquite.
Antes: Monte um kit de emergência com água potável, alimentos não perecíveis, lanternas, pilhas e documentos importantes. Mantenha os medicamentos de uso contínuo em local seco e de fácil acesso. Se a sua região costuma alagar, informe-se sobre rotas de evacuação e pontos de apoio do Corpo de Bombeiros.
Durante: Não tente atravessar áreas alagadas a pé ou de carro. A força da corrente pode ser maior do que parece e arrastar veículos ou pessoas. Se a água entrar em casa, feche imediatamente a energia elétrica na chave geral para evitar choque. Use máscara e luvas se precisar remover objetos da água, e nunca beba água direta do chão.
Depois: Desinfete superfícies que ficaram em contato com a água usando água sanitária diluída (1 parte de alvejante para 9 partes de água). Troque roupas molhadas por peças secas para evitar fungos na pele. Fique atento a sintomas como febre, dor de cabeça forte ou manchas vermelhas: procure um posto de saúde logo que surgirem. Se houver suspeita de leptospirose, procure atendimento para receber antibiótico adequado.
Além das medidas individuais, a comunidade pode colaborar limpando bueiros e evitando jogar lixo nas ruas. A manutenção preventiva das obras de contenção de rios também reduz a chance de transbordamento.
Em resumo, a chave para enfrentar enchentes está na preparação e na atenção à saúde. Manter um kit pronto, conhecer rotas de fuga e saber reconhecer os sinais de infecção pode fazer toda a diferença. Quando a água voltar ao nível normal, continue vigilante: as consequências de um alagamento podem se arrastar por semanas se não forem tratadas corretamente.
Fique de olho nas previsões do INMET, siga as orientações das autoridades e compartilhe essas dicas com quem você ama. Assim, todos ficam mais seguros quando a chuva chega forte.