Já pensou em flutuar 400 km acima da Terra? Os astronautas vivem isso todo dia. Mas nada acontece por sorte. Eles passam anos estudando, se exercitando e aprendendo a lidar com situações que a maioria de nós nem imagina.
Antes de vestir o traje branco, o futuro astronauta entra em um programa rígido. Primeiro, tem a parte física: corrida, natação, ciclismo e, principalmente, sessões de centrifugações que simulam a força G de um lançamento. Depois, vem o lado técnico – aprender a operar robôs, fazer reparos em equipamentos e entender a química dos sistemas de apoio à vida.
Um ponto que surpreende muita gente é o treinamento em ambientes de microgravidade. Eles passam horas em piscinas profundas (o famoso Neutral Buoyancy Lab) para praticar caminhadas espaciais. Lá, tudo parece flutuar, permitindo que descubram como se mover sem atrito.
No dia a dia da Estação Espacial Internacional (ISS), a rotina parece um mix de trabalho de laboratório e exercícios físicos. Cada astronauta tem um cronograma que inclui experimentos científicos, manutenção da estação e, claro, sessões de treino para evitar a perda de massa muscular e óssea.
Comer no espaço também é diferente. As refeições vêm em pacotes selados, e tudo deve ser livre de partículas soltas que possam danificar os equipamentos. O arroz, por exemplo, vem em forma de pastilha que pode ser hidratada com água quente.
Outra curiosidade: dormir em sacos de dormir presos ao teto. Sem gravidade, não há sentido de “cima” ou “baixo”, então o astronauta simplesmente flutua enquanto descansa.
Nos últimos anos, o Brasil tem participado cada vez mais das missões internacionais. Astronautas brasileiros já treinaram na NASA e, em 2024, um brasileiro fez parte da missão Artemis, marcando a primeira presença latino‑americana na volta à Lua.
Se você sonha em seguir essa carreira, comece cedo nas áreas de ciência, matemática e engenharia. Programas de iniciação científica e estágios em centros espaciais são portas de entrada valiosas.
Curioso para saber mais? Acompanhe as notícias da agência espacial brasileira e fique de olho nos lançamentos da SpaceX, NASA e ESA. Cada missão traz novas descobertas e, quem sabe, inspira o próximo astronauta da sua geração.