iOS 26.2 é lançado com correções de segurança críticas e novos recursos para iPhones

Na tarde de sexta-feira, 12 de dezembro de 2025, às 15:50 horário de Brasília, a Apple Inc. liberou oficialmente o iOS 26.2 e o iPadOS 26.2 — uma atualização que, embora pareça menor na numeração, carrega peso de sobra. Não é só mais um patch. É uma correção de emergência disfarçada de atualização menor, com vulnerabilidades que, segundo a própria Apple, já estavam sendo exploradas em ataques altamente sofisticados contra usuários específicos. E isso muda tudo.

Por que essa atualização é diferente das outras?

A Apple havia inicialmente planejado lançar a versão estável no dia 9 de dezembro, mas, conforme relatado pelo TecMundo, decidiu adiar por mais três dias. Por quê? Porque os testes finais revelaram riscos maiores do que o previsto. A empresa não costuma atrasar lançamentos sem motivo — e quando faz, é porque algo pode explodir. Neste caso, a vulnerabilidade CVE-2025-43529, relacionada ao navegador WebKit, estava sendo usada em ataques direcionados. Não era um bug genérico. Era uma brecha que permitia acesso remoto a dados sensíveis, mensagens e até câmeras. E isso não era teoria. Era realidade.

Além disso, outras falhas graves foram corrigidas: o CVE-2025-46285, um transbordamento de inteiro no Kernel identificado pelos pesquisadores Kaitao Xie e Xiaolong Bai da Alibaba Group, e o CVE-2025-43533, problemas de corrupção de memória no sistema de toque múltiplo, relatado pelo Google Threat Analysis Group. A Apple confirmou, em seu documento de segurança, que essas falhas poderiam permitir execução arbitrária de código — ou seja, um hacker poderia rodar programas maliciosos dentro do seu iPhone sem seu conhecimento.

Novos recursos: mais do que apenas “ajustes”

Se você pensa que essa atualização é só segurança, está enganado. A Apple Inc. escondeu uma série de melhorias sutis, mas poderosas. O sistema Liquid Glass, introduzido no iOS 26, finalmente ganhou animações que se aproximam do visual perfeito mostrado na WWDC 2025. As bolhas flutuantes agora reagem com mais naturalidade — quase como se tivessem peso real. Isso não é só estética. É uma experiência mais fluida, menos robótica.

Outro destaque: o AirDrop agora permite criar códigos de transferência. Antes, você precisava estar perto fisicamente. Agora, você gera um código, envia por WhatsApp, e a pessoa pode baixar o arquivo — mesmo que esteja em outro estado. E esse código permanece ativo por exatos 30 dias. Nada de expiração imediata. Isso é um jogo de força para quem precisa compartilhar arquivos grandes sem usar nuvem.

Quem usa mensagens SMS no Brasil ganhou uma boa: o suporte a RCS (Rich Communication Services) agora inclui a operadora TIN, além da Vivo. Isso significa que mensagens com leitura de recibo, digitação em tempo real e mídia de alta qualidade agora funcionam com mais de 70% dos usuários no país. Um avanço silencioso, mas enorme para quem ainda vive no mundo das mensagens de texto antigas.

E tem mais: você pode configurar seu iPhone para que, ao receber uma notificação, tanto a lâmpada da câmera quanto a tela piscem simultaneamente. Um recurso útil para deficientes visuais — ou para quem está em ambientes barulhentos e não ouve o alerta. O YouTube AppleBoy demonstrou isso em um vídeo publicado no mesmo dia do lançamento, com um timestamp claro de 00:07:11.

Quem pode instalar? E por que não todos têm ainda

A atualização está disponível para iPhone 11 e modelos posteriores. Para iPads, é necessário ter o iPad Pro 12,9 polegadas (3ª geração ou mais), iPad Pro 11 polegadas (1ª geração ou mais), iPad Air 3ª geração ou superior, iPad 8ª geração ou mais, e iPad mini 5ª geração ou mais. Isso exclui cerca de 15% dos dispositivos ativos no Brasil — principalmente aqueles que ainda usam iPhone SE (2020) ou iPad Air 2.

Porém, mesmo quem tem um dispositivo compatível não recebe o update de imediato. A Apple libera em ondas, para evitar sobrecarga nos servidores. Alguns usuários já tiveram o aviso na manhã de sábado; outros só verão na próxima semana. Isso é normal. Mas a recomendação é clara: instale assim que aparecer. Não espere. A vulnerabilidade WebKit pode ser explorada apenas com a visualização de um site malicioso — sem clique, sem download.

O que vem depois? O futuro do iOS

O iOS 26 foi um reboot completo: nova interface, Apple Intelligence, pôsteres de mensagens, acessibilidade para Braille 11/13. O iOS 26.2 não repete isso. Ele conserta. Ele refine. Ele protege. E isso é sinal de maturidade. A Apple não está mais tentando surpreender. Está tentando sobreviver — num mundo onde ataques cibernéticos viraram arma de espionagem estatal e crime organizado.

Segundo o canal EDITECH, a versão 26.2 traz mais de 25 melhorias e correções além das anunciadas. Isso inclui ajustes de bateria, correções de bugs no Siri e otimizações no modo noturno. Nada que apareça na página de lançamento. Mas tudo que você sente no dia a dia.

Por que isso importa para você?

Se você usa um iPhone, isso não é uma atualização técnica. É uma proteção. Um escudo. Um alerta de que, mesmo que você não seja um alvo de alto valor, seu dispositivo pode ser usado como porta de entrada para seus contatos, contas bancárias ou até sua identidade. A Apple não está pedindo para você atualizar por capricho. Ela está pedindo por sobrevivência.

Quem ignora esse update está, de fato, deixando a janela da casa aberta — e sabendo que alguém já tentou entrar.