Diocese de Joaçaba celebra Jubileu de Ouro e recebe relíquias de Santa Teresinha
out, 1 2025
Na manhã de 12 de junho de 2025, Dom Mário Marquez, bispo da Diocese de Joaçaba, presidiu a celebração que marcou o Jubileu de Ouro da diocese e a entronização das relíquias de Santa Teresinha do Menino Jesus e de seus pais, São Luís Martin e Santa Zélia Guérin. O evento ocorreu no Santuário Catedral Santa Teresinha do Menino Jesus, em Joaçaba (SC), com a presença de representantes das 27 paróquias e de mais de 600 comunidades locais.
Contexto histórico da Diocese de Joaçaba
Fundada oficialmente em 1975, a Diocese de Joaçaba tem crescido a passos largos, especialmente nas últimas duas décadas, quando a população católica da região ultrapassou os 300 mil fiéis. Desde a inauguração do atual santuário, em 1930, a devoção a Santa Teresinha tem sido um ponto de união para os católicos locais, que veem na santa francesa um exemplo de simplicidade e amor ao próximo. O bispo Marquez, nomeado em 2015, sempre enfatizou a necessidade de reforçar a identidade espiritual da diocese por meio de celebrações que atinjam o coração dos fiéis.
Jubileu de Ouro e cerimônia de entronização
O Jubileu de Ouro celebra cinco décadas de missão pastoral, evangelização e serviço social. "É um marco que nos lembra da responsabilidade de continuar a missão que nos foi confiada", declarou o bispo durante a missa solene. A cerimônia contou com a presença de Padre Emmanuel Schwab, reitor da Basílica de Lisieux, na França, que trouxe pessoalmente as relíquias: um fragmento de osso de Santa Teresinha (ex ossibus) e pequenos pedaços da carne dos santos Luís e Zélia (ex carne).
Ao lado do reitor, acompanhou Padre Eduardo Toledo, capelão da Basílica de Lisieux, que ajudou na logística da entrega. Os objetos sagrados foram recebidos por policiais militares, que lhes abriram caminho até o altar, reforçando o caráter solene da ação.
Viagem das relíquias: de Lisieux a Brasília e Florianópolis
O trajeto das relíquias começou, na primavera de 2025, na própria Basílica de Lisieux, onde foram cuidadosamente preparados para a viagem transatlântica. Em maio, foram enviadas em caixa climatizada ao Consulado da França em Brasília, onde permaneceram dois dias (8‑9 de junho) recebidas pelos representantes da CNBB e autoridades civis. A parada em Brasília permitiu que fiéis de todo o país acompanhassem a passagem virtualmente, gerando mais de 120 mil visualizações nas redes sociais da diocese.
Em seguida, as relíquias foram levadas a Florianópolis (10‑11 de junho), onde foram exibidas no Palácio da Assembleia Legislativa durante uma missa ecumênica que contou com a participação de líderes religiosos de diversas denominações. Essa etapa foi crucial para reforçar a ideia de unidade cristã e abrir espaço para o diálogo interconfessional.
Reações da comunidade e significado religioso
O pároco do santuário, Padre Joveci José de Oliveira Filho, destacou que a presença das relíquias "nos conecta diretamente ao caminho da santidade que Santa Teresinha nos indica". Para muitos devotos, tocar o relicário foi uma experiência de profunda emoção; alguns relataram lágrimas, outros descreviam a sensação como "um abraço espiritual".
Especialistas em história da Igreja apontam que relíquias de primeira classe, como as apresentadas, são raras no Brasil. A especialista em patrimônio religioso, a professora Ana Clara de Souza (Universidade Federal de Santa Catarina), explicou que a chegada das relíquias pode transformar o santuário em um importante polo de peregrinação internacional, potencializando o turismo religioso da região.
Perspectivas futuras para o Santuário
Com as relíquias agora instaladas permanentemente no altar-mor, a diocese planeja uma série de eventos ao longo do próximo ano: retiros espirituais, conferências teológicas e uma rota de peregrinação que ligará Joaçaba a outras cidades catarinenses com forte tradição católica. O bispo Marquez ainda anunciou a intenção de solicitar ao Vaticano a elevação do santuário a “santuário de ensino”, reconhecimento que traria recursos para a conservação do patrimônio e para programas sociais.
Além disso, a diocese pretende criar um centro de estudos sobre a vida de Santa Teresinha, com acesso a documentos digitais da Basílica de Lisieux, fortalecendo laços académicos entre Brasil e França. Em suma, o Jubileu de Ouro marcou não apenas um aniversário, mas o início de uma nova fase de crescimento espiritual e cultural para a comunidade de Joaçaba.
Key Facts
- Data da cerimônia: 12 de junho de 2025
- Entidade organizadora: Diocese de Joaçaba
- Relíquias de primeira classe: osso de Santa Teresinha e fragmentos de carne de São Luís e Santa Zélia
- Origem das relíquias: Basílica de Lisieux, França
- Paradas da peregrinação: Brasília (8‑9/06), Florianópolis (10‑11/06)
Frequently Asked Questions
Como as relíquias afetam os fiéis de Joaçaba?
A presença das relíquias oferece aos católicos locais um ponto de encontro espiritual, permitindo a veneração direta de objetos sagrados. Isso costuma intensificar a fé, aumentar a frequência à missa e gerar um senso de identidade comunitária mais forte.
Qual a importância histórica das relíquias de Santa Teresinha?
Relíquias de primeira classe são raras e reconhecidas pela Igreja como testemunhos autênticos da santidade do santo. No caso de Santa Teresinha, elas reforçam sua mensagem de “pequeno caminho” e conectam os devotos a uma tradição de devoção que remonta ao século XIX.
Como foi o percurso das relíquias antes de chegar a Joaçaba?
Depois de serem embaladas em Lisieux, as relíquias voaram para Brasília, onde foram apresentadas em uma missa especial. Seguiram para Florianópolis, onde permaneceram dois dias antes de serem transportadas em carro blindado para a catedral de Joaçaba, completando assim a peregrinação nacional.
Quem foram os principais responsáveis pela entronização?
Além de Dom Mário Marquez, participaram do ato o Padre Emmanuel Schwab e o Padre Eduardo Toledo, ambos da Basílica de Lisieux. O pároco local, Padre Joveci José de Oliveira Filho, conduziu a cerimônia no santuário.
Quais são os próximos eventos planejados na catedral?
A diocese já anunciou uma série de retiros temáticos, uma rota de peregrinação que liga Joaçaba a cidades vizinhas e um congresso internacional sobre a vida de Santa Teresinha, previsto para o próximo ano. Há também planos de abrir um museu de arte sacra dedicado à santa.
Silas Lima
outubro 1, 2025 AT 22:23É inspirador ver a Diocese de Joaçaba celebrando seu Jubileu de Ouro com tanto zelo. A presença das relíquias de Santa Teresinha reforça a necessidade de vivermos a fé de forma autêntica e comprometida. Cada passo da jornada das relíquias, de Lisieux a Brasília, demonstra que a Igreja ainda tem força para unir comunidades. Que este marco sirva de lembrança para todos nós de que a devoção não é mera tradição, mas um chamado à ação solidária. Continuemos a apoiar as iniciativas pastorais e sociais que o bispo Marquez tem promovido.
Bruno Boulandet
outubro 13, 2025 AT 12:10Olha, pra quem curte detalhes, as relíquias vieram num caixote térmico super regulado, com controle de umidade e temperatura – nada de bicho‑de‑pádeo por ali! O padre Emmanuel trouxe também um pequeno livro de orações que a gente pode baixar no site da diocese, é só procurar por 'Lisieux'. Ah, e lembra que a parada em Floripa teve um concerto de música sacra, então a galera que curte música tem outro motivo pra visitar. Se quiser participar dos retiros que vão rolar o ano que vem, dá uma olhada no calendário da paróquia; tá tudo bem organizado e os horários são flexíveis.
Luara Vieira
outubro 25, 2025 AT 01:56Santa Teresinha nos convida ao ‘pequeno caminho’, uma jornada de simplicidade que ecoa nos corações dos fiéis de Joaçaba. Ao entrelaçar a história local com a tradição franciscana de Lisieux, criamos um diálogo entre culturas que transcende o tempo. Essa ponte espiritual nos lembra que a santidade não reside apenas em grandes obras, mas nos atos cotidianos de amor e compaixão. A entronização das relíquias pode ser vista como um convite à reflexão sobre a própria presença de Deus no cotidiano. Além disso, ao transformar o santuário num centro de estudos, a diocese abre caminho para uma fé dialogante, onde a academia e a devoção caminham juntas.
Tais Tais
novembro 4, 2025 AT 11:56É legal ver como a comunidade de Joaçaba está abraçando essa mistura de tradição e inovação. A proposta do centro de estudos vai colocar a cidade no mapa dos peregrinos internacionais, além de atrair pesquisadores que curtem história religiosa. Vai ser incrível assistir a essa fusão de fé e cultura acontecer bem aqui no sul.
jasiel eduardo
novembro 13, 2025 AT 18:10Parabéns à Diocese pelo jubileu e pela chegada das relíquias.