Caracas x Atlético-MG: empate na Sul-Americana mantém disputa acirrada no Grupo H

Caracas x Atlético-MG: empate na Sul-Americana mantém disputa acirrada no Grupo H abr, 24 2025

Empate suado em Caracas coloca Atlético-MG e Caracas lado a lado na tabela

Quem esperava um passeio do Atlético-MG na Venezuela se surpreendeu. O Galo até abriu o placar no El Olímpico, mas sofreu com a pressão dos donos da casa e acabou empatando por 1 a 1 com o Caracas, pela terceira rodada do Grupo H na Copa Sul-Americana. A noite de 23 de abril, que poderia ser confortável para o time brasileiro, terminou com gosto amargo pela ineficiência ofensiva, apesar da liderança momentânea pelo critério do saldo de gols.

O jogo começou com o Caracas muito recuado, sentindo o peso da camisa visitante. O próprio gol que abriu o placar foi um infortúnio para os venezuelanos: Vicente Rodríguez tentou cortar cruzamento e acabou marcando contra, favorecendo o Atlético-MG aos 24 minutos do primeiro tempo. A sensação era de que o Galo deslancharia – mas ficou só na sensação.

Com alguns reservas escalados por Cuca pensando na maratona de jogos, o Atlético-MG encontrou dificuldades para furar o bloqueio montado por Leonardo González, técnico do Caracas. Os venezuelanos, longe de serem favoritos, cresceram no segundo tempo. Após pressão constante, De Santis aproveitou vacilo da defesa alvinegra e deixou tudo igual aos 19 minutos da etapa final. O gol incendiou o estádio e devolveu confiança à equipe local.

Cartões, substituições e disputa sem favoritos

O duelo foi quente não só pelo placar, mas pelo número de cartões: Lyanco, Vitor Hugo, Rubens, Patrick, Cuello (Atlético-MG); De Santis, Chávez (Caracas) levaram amarelos em lances duros, mostrando como ninguém queria sair perdendo. Cuca, prevendo desgaste, mexeu bem — Saravia, Caio Paulista, Gabriel Menino, Fausto Vera e Bernard deram lugar para Natanael, Pedro Ataide, Iván Román, Patrick e João Marcelo. Do lado venezuelano, González apostou no fôlego de Correa, Morigi e Fernando Aristeguieta.

Mesmo com mais posse e volume, o Galo parou num sistema defensivo compacto — o Caracas travou várias tentativas, apostando nos contra-ataques. E quando pressionou, mostrou que sabia punir: De Santis, que já vinha incomodando a zaga mineira, aproveitou a melhor chance venezuelana e não desperdiçou. Depois do empate, os brasileiros até ensaiaram pressão, mas pecaram no último passe e nas finalizações. O goleiro Benítez apareceu nos minutos finais para segurar o resultado quando a torcida já prendia o fôlego.

O empate deixa tudo igual no topo do grupo: Atlético-MG e Caracas vão a 5 pontos, mas o Galo segue liderando por ter um saldo de gols superior (4 a 1). Mais atrás, times como Racing e Oriente Petrolero ainda podem ameaçar se embalarem nas próximas rodadas.

Se tem algo que ficou claro é que, na Sul-Americana, a disputa vai se resolver nos detalhes e não existe jogo fácil fora de casa, mesmo para quem é favorito no papel.